Thursday, December 6, 2007

Experiências de inverno

Essas últimas semanas tem feito bastante frio por aqui, temperaturas sempre por volta de -10 graus centigrados e com o famigerado vento frio que faz a sensação térmica despecar para até -20 graus centigrados, a vontade é de ficar somente embaixo das cobertas. Na verdade uma das bolas fora que dei por aqui no primeiro inverno foi perguntar se eles vinham trabalhar quando estava muito frio. Chegar e já reclamar que não dá pra trabalhar por que está muito frio não colou!!! Até porque os "nativos" daqui tinham limites diferentes dos meus para o que é frio. Para eles frio que não dá para sair de casa é por volta de -40 graus enquanto pra mim temperaturas abaixo de zero já me parecia impedimento (se isso fosse mesmo verdade eu deixaria de trabalhar em outubro e so voltaria em maio!!!). Passado o primeiro susto com as baixas temperaturas hoje já encaramos muito bem o que frio que vier. Outra coisa que é muito bonitinha é a neve, tudo branquinho e aqueles floquinhos caindo é realmente coisa de filme. Mas não tem somente o lado bonito e poético da neve e do frio, tem os problemas.
Alguns problemas que consigo identificar nesse exato momento relacionados a muito frio são: a pele fica muito ressecada, a pele do rosto, se não passar muito hidratante, fica igual casca de maçã velha (!!); dá muita fome, o que significa que se não passar um pouco de fome a gente vira um balão; quando está muito frio eu começo a lacrimejar, nariz escorrer, lenço de papel é necessário durante todo o inverno; deve ter várias outras coisas que não me lembro prontamente. Quanto a neve...na terça eu sofri os efeitos colaterais dela. O trânsito ficou terrível pois os carros tem que andar lentamente para evitar acidentes, e demora um certo tempo até os caminhões passarem para limpar a neve e espalharem areia ou sal. Na última terça nevou o dia inteiro e quando fui para o ponto de ônibus as 5 da tarde já estava instalado o caos. Não vinha ônibus, os poucos que vinham estavam lotados e o ônibus que ia direto para casa já não passava a mais de meia hora. Fiquei esperando...esperando... ate' que depois de quase uma hora e meia num friozão danado, decidi não esperar mais o ônibus direto e pegar dois para chegar em casa. Quando entrei no segundo ônibus tremia de frio e de fome, tinha dor de cabeça, estava no meu limite. Cheguei em casa por volta das sete e meia...e como bônus foi o dia que o Luiz preparou o pior jantar da vida dele... ficou tudo queimado e estava realmente difícil de comer!!!!

1 comment:

Anonymous said...

Oi Téia,
estou adorando ler seu blog, este está sendo meu passa tempo nas férias, rs.
Você escreve muito bem, consegue retratar as coisas, que até me sinto na história (pode ser escritora) rs...

P.S adorei ver que tem coisas minhas escritas, e pode falar do meu aniversário tmb. rs

Beijos para todos vocês aí.
Sabrina