No ônibus -cotidiano

Já contei por aqui que venho trabalhar de ônibus, o carro fica para os fins de semana ou dias excepcionais. Tenho que usar dois ônibus e ainda assim demoro uns 35 a 40 minutos de casa ao trabalho. Geralmente os ônibus não são cheios e sempre tem lugar pra sentar, nada daquele montão de gente empurrando um ao outro que experimentei por vários anos em São Paulo. Eu vou sempre tranquilona, realmente não me sinto incomodada com o trajeto e no caminho vou pensando numa coisa ou outra que tenho que fazer no trabalho ou em casa, rindo comigo mesma de alguma coisa divertida que aconteceu, enfim geralmente fico relaxada. Os ônibus são novos, no verão tem ar condicionado e no inverno aquecimento, não dá para reclamar para quem já encarou o trajeto Butantã-Água Funda, sacudinho duas horas dentro de um coletivo!!! Como diria meu pai: Tá bommm deeemais!!!

Desde que começaram as aulas no início de setembro aumentou, e muito, o número de pessoas que usam ônibus. São muitos estudantes, coisa que eu não havia observado anteriormente, mas não sei por que tem sido maior o fluxo de pessoas agora do que nos semestre anteriores. Talvez porque o estacionamento aqui na universidade ficou mais caro e com menos opções. Aqui não tem essa facilidade de estacionamento de graça como tem na USP. O segundo ônibus que uso para chegar ao laboratório tem sido, geralmente, daqueles articulados com frequência a cada 13 minutos e ainda assim estão cheios. Numa dessas minhas viagens entrei no ônibus e não tinha lugar para sentar, fiquei em pé e um rapaz gentilmente se levantou e cedeu o lugar. Lógico que aceitei, já que escorar é sempre bom mas depois fiquei pensando será que estou gorda e com cara de grávida ou com cara de velha? Aqui não é muito comum as pessoas cederem lugar, até por que não costuma ser necessario, sempre tem lugares vagos. Ainda assim me surpreendi, agradeci o gesto e fui feliz o restante do meu caminho pensando "ainda bem que existem pessoas boas!!!" Deixa aquele pensamento bobo de estar gorda pra lá....